domingo, 11 de setembro de 2011

Thiago Pethit







O cantor e compositor paulista é formado em teatro, morou em Buenos Aires em 2007 no intuito de estudar literatura, mas acabou sendo levado pela música. Em 2008 lançou o EP "Em outro lugar", com músicas em francês, inglês e claro português. 
   Sua música tem várias influências,mas a mais evidente é o folk. É características de artistas dessa geração unir vários estilos em um só e com ele não foi diferente. Diz que seu estilo é pop universal contemporâneo.
 
 Thiago diz o que o motivou: "Comecei a fazer música porque eu descobri que podia criar um diálogo artístico com o mundo inteiro". 

Ele faz parte de uma nova geração de cantores paulistas, juntamente com Tulipa Ruiz, Tatá Aeroplano, Dudu Tsuda Tiê, com quem faz parcerias e shows. Ele a considera sua madrinha musical, pois o ensinou engatinhar no violão e piano, e seu estilo tranquilo de cantar chamou sua atenção e tornou-se inspiração.  De forma totalmente independente, pôs em prática a concretização de seu primeiro álbum. Desembolsou cerca de 25 mil reais com estúdio, mixagem e lançamento para materializar seu projeto denominado "Berlim,Texas"(inicialmente se chamaria prólogo, mas soava muito empolado pra ele. Numa locadora visualizou o filme do Win Wenders “Paris, Texas” e aí BINGO), que ocorreu em março de 2010. Suas 11 canções autorais foram gravadas e produzidas por Yury Kalil (integrante da banda Cidadão Instigado e co-produtor do álbum ‘Uhuuu!’) Desde então vem recebendo críticas bastante positivas sobre esse belíssimo álbum de estréia. 

"Um lugar dominado por cabarés misteriosos de uma Alemanha fria e pré-nazista, frequentado por cowboys encharcados de suor, que, segurando suas doses de whisky, exibem suas potentes garruchas no melhor estilo Velho Oeste. Por mais mirabolante que pareça, este local existe, perdido no tempo e no espaço dentro da mente do cantor paulista Thiago Pethit. O som ambiente ora parece de época, ora atual, numa mistura influenciada por nomes como Tom Waits, Kurt Weill e Bertolt Brecht, e criada em pleno século XXI. Para conferir do que se trata, não é necessário voltar no tempo, basta apenas colocar o recém-lançado álbum Berlim, Texas no CD-Player mais próximo". Trecho do texto de Vinicius Valente baseada na entrevista com Thiago Pethit.

   Thiago é um artista que valoriza a qualidade, não tem apelo popular ou se identifica ou passa. Berlim, Texas é um trabalho minucioso que valoriza o conjunto: voz, arranjo, letra, melodia...
No mesmo ano do lançamento do álbum, ganhou um prêmio no VMB(video music brasil) na categoria "Aposta MTV".
     Foi uma grata surpresa para mim o trabalho de Thiago, as influências na música francesa dão suavidade, sua voz calma e doce dialogando com um instrumental que te faz viajar a vários lugares diferentes, é deliciosamente inspirador. A faixa “Fuga Nº1”, em sua parte instrumental me levou até o filme “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”, lembra muito a trilha do Yann Tiersen. Cada faixa tem sua importância, saber do processo construtivo dele, me faz a cada dia ficar mais apaixonada pelo seu trabalho. Já espero ansiosa pelo próximo álbum, que ainda deve demorar um pouco, mas que supra as minhas expectativas.
   A baixo podem ver o seu primeiro videoclipe “Mapa-Múndi”, espero que gostem tanto quanto eu.
   



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Editors- In This Light and on This Evening




     Editors é uma banda britânica de indie rock. Composta por Tom Smith (letrista/vocalista/guitarrista), Chris Urbanowicz (guitarrista), Russ Leetch(baixista) e Ed Lay (baterista). Sendo comparada a bandas como Joy Division, Interpol, Echo & the Bunnymen...
     "In this light and on this evening" é o seu terceiro álbum da carreira dessa promissora banda. Bem diferente dos 2 anteriores, pois substitui guitarras por sintetizadores. O que não diminuiu em nada o trabalho deles, muito pelo contrário. Esse álbum é o meu favorito, pois tem uma pegada sombria deliciosa, a faixa "In This Light and on This Evening"me teletransportou para o filme Batman-The Dark Knight, dirigido por Christopher Nolan.
     Pra mim é evidente nesse álbum a referência de Joy Division e Depeche Mode. Além de In This Light and on This Evening, destaque para as faixas Papylon e You Don't Know Love.

     Confiram a baixo o video de Papylon:

     

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mombojó





Banda pernambucana formada em abril de 2001 por: Felipe S.(vocal), Samuel(baixo), Chiquinho (teclado e sampler), Vicente Machado (bateria), Marcelo Machado (guitarra), Marcelo Campelo (violão, cavaquinho e escaleta) e O Rafa(flauta). A mistura de rock, samba, mangue beat, eletrônico, MPB, bossa-nova entre outros, deu um efeito posivo nas suas composições, sendo considerado um dos principais nomes do rock alternativo.
Em 2003, através de recursos do Sistema de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Recife(PE), a banda conseguiu produzir o seu primeiro álbum: "Nadadenovo", lançado em 2004. O álbum de lançamento da banda obteve ótimas críticas como a de Alexandre Matias/Folha de São Paulo:


"Efeitos sonoros se confundem com dramas amorosos, graves espetaculares chocam-se com improvisos jazzísticos, cada músico indo para um lado, e é justamente essa disparidade de papéis que dá a surpreendente e madura unidade sonora do grupo... Nadadenovo avisa pro resto do Brasil que este ano os trabalhos começam antes do Carnaval, com um disco surpreendente, coeso, reverente e, que beleza, divertido."


Esse álbum deslanchou a carreira da banda no cenário alternativo, com várias participações em festivais de música, sendo comparada a bandas como Los Hermanos e Mundo Livre S/A. Em novembro de 2005 a banda é contratada pela trama e lança em 2006 o seu segundo álbum "Homem Espuma", com ele puderam colher o que plantaram no álbum anterior, com direito a shows fora do Brasil. O álbum conta com as participações de Tom Zé em "Realismo Convincente" e Céu em "Tempo de Carne e Osso". No dia 6 de julho ocorreu uma fatalidade no grupo, o tecladista O Rafa morre vítima de enfarto, fazendo que o grupo parasse com a turnê e deixasse de fazer shows por um tempo. Em 2008 é a vez de Marcelo Campelo deixar a banda.
Após 4 anos depois do último álbum, a banda lança o seu terceiro o tão aguardado "Amigo do Tempo". Algumas mudanças são sentidas, já que optaram por não continuar utiliz[ando os instrumentos tocados pelos 2 ex-integrantes.
Pude conferir o show da banda na turnê do "Homem Espuma" em 2007. A miscelânea de estilos é de agradável sonoridade a mim, a música alternativa vem englobando sonoridades e referências musicais diferentes. O meu álbum favorito é o "Nadadenovo", pois é o mais diversificado de todos, a sonoridade melancólica contrapondo com melodias que vão do samba ao eletrônico. Recentemente fui no show da turnê "Amigo do Tempo" é um álbum diferente dos outros, senti falta de instrumentos, pois sintetizadores são mais frequentes, somente o básico (guitarra, baixo e bateria). A melancolia continua presente, mas senti falta de arranjos mais criativos ou seja o álbum é um rock básico + sintetizadores, mas suas letras não deixam que o trabalho dessa banda seja desmerecido, as faixas "Triste Demais", "Entre a União e a Saudade", "Praia da Solidão" e "Passarinho Colorido" são as que mais me agradam.
Aos que curtem música depressiva, recomendo em doses homeopáticas, no site você encontra os três álbuns para download gratuitamente. Abaixo um videoclipe do álbum "Homem Espuma"- "O Mais Vendido".





quinta-feira, 8 de abril de 2010

The Bird and The Bee

É um projeto musical que nasceu em 2006 no sul da Califórnia pela cantora Inara George(“bird”) e o compositor, produtor e multi-instrumentista Greg Kurstin ("bee"). Conheceram-se durante a gravação do primeiro álbum de George “All Rise”, onde atuou como produtor.
Kurstin já produziu vários artistas da música internacional entre eles: Beck, Flamings Lips, Lily Allen, Sia, Little Boots, Sugar Ray, entre outros. O trabalho de estreia da dupla foi o EP “Again and Again and Again and Again”, que foi o ponta pé inicial para que em 2007 saísse o disco de estréia com o mesmo nome da banda “The Bird and The Bee”.
A ideia inicial era que fosse um trabalho que agrupasse o pop eletrônico com o jazz (estilo que despertou interesse de ambos). Em seu myspace, definem o grupo como um filme futurista dos anos 60 passado no Brasil. As referências são extraídas de artistas como The Carpenters e Burt Bacharach.
Conheci “The Bird and The Bee” por acaso, como costumo procurar novas sonoridades pela internet, fui conferir esse casamento musical.
Baixei o primeiro álbum “The Bird and The Bee”, nele encontrei canções melancólicas na maioria de suas faixas. Eles ousam na variação instrumental que vai do piano aos arranjos eletrônicos, a doce e suave voz de Inara George se contrapõe em alguns arranjos contidos nesse primeiro álbum, o que contribui positivamente, pois há um confronto entre melancolia com a melodia eletrônica, com toques sutis de sintetizadores. Uma mistura que utilizaram com melhor aproveitamento em seu segundo álbum “Ray Guns Are Not Just The Future”. As canções desse segundo trabalho são divertidas, algumas faixas até se unem como em Fanfare e My Love. Mas sem perder a melancolia da voz de Inara e os arranjos bem construídos de Kurstin.
Esse clipe foi o único vídeo liberado no youtube, é do primeiro álbum, mas se quiserem ver outros vídeos é só procurar por lá.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Céu

Maria do Céu Whitaker Poças, ou apenas Céu. Cantora e compositora paulistana, deu início a sua carreira em 2002. É filha do Maestro e compositor Edgar Poças (responsável pelos arranjos musicais do grupo Balão Mágico) e Carolina Whitaker, artista plástica. Aos 15 anos decidiu seguir na carreira de cantora. Chegou a gravar vocal para jingles publicitários. Cresceu ouvindo as grandes intérpretes do samba e do jazz. Na adolescência, conheceu o rap e a fusão de estilos promovida pela turma do mangue-beat pernambucano. Esse referencial dá uma idéia da

sonoridade desenvolvida pela artista, cuja carreira ganhou impulso ao encontrar pessoas certas.

Aos 18 anos mudou-se para Nova York, para estudar e respirar novos ares musicais onde conheceu Antonio Pinto(compositor brasileiro, filho do cartunista Ziraldo e irmão da cineasta Daniela Thomas. Compôs trilhas de filmes brasileiros e estadunidenses, tais como Central do Brasil, Cidade de Deus, Lord of War e The Perfect Stranger), seu padrino musical, que posteriormente descobriu ser primo distante e que dividiu apartamento enquanto ele passava por problemas financeiros.

Antônio Pinto juntou-se com Beto Villares, ele sendo produtor e compositor foi o responsável pela produção do primeiro álbum dela. Foi Co-autora de 13 das 15 músicas do álbum que teve lançamento em 2005, pelos selos Urban Jungle e Ambulante Discos (de Beto Villares), e posteriormente distribuído na América Latina pela Warner Music. Em 2007 foi lançado nos EUA (onde vendeu 30 mil discos na duas primeiras semanas) e no Reino Unido, bem como em diversos outros países, da Europa ao Japão. Nos EUA, o álbum foi lançado na série Starbucks Hear Music Debut, vendido tanto em lojas tradicionais como na rede estadunidense Starbucks; Céu foi a primeira artista estrangeira a ter um álbum nessa série.

A música “Lenda” fez parte da novela “Pé na Jaca” e a música “Malemolência” fez parte da novela “Beleza Pura” ambas globais. Em 2005, foi considerada pela revista francesa Les Inrockuptibles como uma das 5 revelações do ano. Seu primeiro álbum apareceu em várias listas da Billboard em primeiro lugar, incluindo hot 100. Foi a mais alta posição nas paradas dos EUA já alcançada por uma artista brasileira, desde Astrud Gilberto com "Garota de Ipanema", em 1963. Em 2006 foi indicada para o Grammy Latino na categoria melhor artista revelação, e para o Prêmio Tim de Música na categoria melhor cantora. Em 2007, foi indicada para o Grammy na categoria melhor álbum de world music contemporânea, e apresentou-se na abertura dos XV Jogos Panamericanos, no Rio de Janeiro. O CD vendeu 25 mil cópias na Holanda e na França, e os bons números renderam shows na Europa, no Estados Unidos vendeu mais de 100 mil cópias, 15 mil só na primeira semana.

Seu trabalho tem influências diversificadas, que vai da musicalidade brasileira com destaque para o samba como de outras nacionalidades que viajam entre o hip hop, afrobeat, jazz, R&B, etc. Em entrevista ela diz não rejeitar o rótulo de cantora de MPB, mas que considera que ele já ficou limitado:

O rótulo da MPB ficou limitado. Ele é bem abrangente, afinal é música popular brasileira. E me considero isso. Quando vou fazer um som, me alimento do que gosto e, como muitos outros da minha geração, me alimento não só de coisas específicas. Gostamos de ouvir música da Jamaica, agora estou escutando música etíope. Não penso que [tipo de] música estou fazendo. Simplesmente faço um som

Céu continuou emprestando sua voz a alguns jingles de campanhas publicitárias, e foi convidada a participar de algumas faixas de álbuns de amigos como: Mombojó, Fábio Góes, 3 na Massa, etc. Atualmente participa de um projeto chamado “Sonantes” com Pupillo, Dengue(Nação Zumbi) e Gui Amabis e Rica Amabis, projeto no qual já havia falado em postagens passadas.

Em agosto de 2009 lançou o seu segundo álbum “Vagarosa”, através dessa turnê que ela fez pelo Brasil pude conferir de pertinho seu trabalho. A demora de um álbum para o outro ocorreu pelo fato dela ter feito divulgação mundo a fora do primeiro e sua gravidez que a deixou fora dos palcos e estúdios por 7 meses.

Eu já tinha uma grande admiração pelo seu trabalho, mas conferir de perto foi muito satisfatório. Além de ter uma voz linda, suave, que ecoa em nossos ouvidos nos deixando completamente extasiados, tem uma performance de palco exuberante, músicos que nos aguçam a querer passar horas os escutando. Sua sonoridade é diferente, instiga a querer conhecer ainda mais seu trabalho ou de outros artistas que enfatizem a experimentação. Aos que buscam novas sonoridades Céu é um prato cheio, confiram.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sia





Sia Kate Isobelle Furler, cantora australiana, mas artisticamente conhecida por Sia. Começou fazendo parte do grupo australiano "Acid Jazz", lançaram dois álbuns "Word" e " The Deal and Delirium". Algum tempo depois pode fazer seu primeiro álbum solo intitulado "Only See" de 1997, pela extinta gravadora Independent Records Label. O sucesso só começou a bater em sua porta quando se mudou para Inglaterra, onde começou a fazer parte do grupo britânico Zero 7. Depois disso foi ganhando seu espaço e retornou a uma carreira solo novamente. Suas músicas ganharam destaque por fazerem parte de alguns seriados como Grey's Anatomy, Nip/Tuck, Ghosth Whisperer e Six Feet Under. Comecei a escutá-la por acaso, estava vendo o final de Six Feet Under e adorei a música, isso me instigou a procurar mais informações sobre a cantora. Com uma voz doce, suave, com influências do indie pop sendo na maioria das vezes contrastadas com um ritmo melancólico, fui conhecendo e me encantando cada vez mais com suas melodias. Tem 5 álbuns gravados e um sendo levado ao forno, será lançado ano que vem. A grande surpresa é ela está trabalhando na produção e composição de algumas faixas do novo álbum de Christina Aguilera. Coloquei aí o vídeo que me levou a querer conhecer melhor seu trabalho, quem gosta de trilha de séries um prato cheio.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Manacá

O nome da banda foi retirado do romance de Ariano Suassuna "A Pedro do Reino", um pequeno fruto arroxeado. Tem como componentes: Letícia Persiles( vocal, pandeiro e castanholas), Luiz César Pintoni( guitarra e bandolim), Bruno Baiano (bateria e percussão) e Daniel Wally( baixo, pandeiro e percussão). Participaram de diversos festivais de música alternativa, vem se destacando por sua sonoridade peculiar que aos poucos veio cativando um público fiel. As referências mais perceptíveis são do Cordel do Fogo Encantado, Beirut, Queens of the Stone Age e Novos Baianos. Com performances de palco hipinotizantes, figurino impecável, instrumental firme e com toques poéticos do folclore nordestino e uma voz delicada e inebriante. Foi assim que conquistaram o cenário indie desse brasilzão, todo esse trabalho fez com que obtivessem vários elogios da crítica. Ao serem escolhidos a participar do Festival carioca "Humaitá pra Peixe" ocorrido ano passado, possibilitou que a carreira da banda engrenasse cada vez mais. Coseguiram assinar com a gravadora Emmy e Letícia Persiles que também é atriz desde os 11 anos, foi convidada a participar da microssérie dirigida por Luís Fernando Carvalho "Capitu". Algumas de suas músicas podem ser escutadas no cd da trilha sonora de Capitu, além disso a banda regravou a música "quem sabe"de Carlos Gomes para a microssérie, um presentão. Tive a oportunidade de conferir o trabalho deles de perto e me apaixonei perdidamente, pisaram em solo paraense e nos presentiaram com sua sonoridade. Recentemente foram agraciados em abrir o show da banda Beirut na Via Funchal, ingressos esgotados e sorriso estampado no rosto. A pesar de terem já gravado seu primeiro cd, a gravadora ainda não deu a liberação, vamos aguardar. Esse vídeo que coloquei é do Festival que alavancou a carreira da banda, onde foram destaque em vários jornais.